ARGAMASSAS DA SABEDORIA
Blog sobre filosofia, simbologia, música, associações iniciáticas, Maçonaria, Cavaleiros Templários. Rosa Cruz, psicologia, rituais e sociologia. Simbolismo na Humanidade
sábado, 12 de agosto de 2017
CANTANDO NA CHUVA - Musical Brasil
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segunda-feira, 3 de julho de 2017
MAÇONARIA: Posse da Loja Jacques Demolay 2778
Instalação e Posse na Loja Jacques Demolay
Na última sexta-feria dia 30 de junho de 2017 aconteceu a
cerimônia de Instalação e Posse da Loja Jacques Demolay 2778, na cidade
de São Paulo.
A Sessão deu posse ao novo presidente da entidade Paulo José Cavalheiro como Venerável Mestre.
A Comissão Instaladora foi presidida por Mário Sérgio Nunes da Costa, Grão Mestre de Honra do Gosp, tendo Egisto Francisco Rigoli como 1o Vigilante Instalador e José Moretzsohnde Castro como 2o Vigilante Instalador e Gerson Magdaleno como Mestre de Cerimônias.
A co-irmã Loja Universitária de Bragança Paulista esteve presente com número expressivo de irmãos prestigiando a Sessão. Diversas autoridades e membros de outras Oficinas também compareceram à reunião.
A Sessão deu posse ao novo presidente da entidade Paulo José Cavalheiro como Venerável Mestre.
A Comissão Instaladora foi presidida por Mário Sérgio Nunes da Costa, Grão Mestre de Honra do Gosp, tendo Egisto Francisco Rigoli como 1o Vigilante Instalador e José Moretzsohnde Castro como 2o Vigilante Instalador e Gerson Magdaleno como Mestre de Cerimônias.
A co-irmã Loja Universitária de Bragança Paulista esteve presente com número expressivo de irmãos prestigiando a Sessão. Diversas autoridades e membros de outras Oficinas também compareceram à reunião.
A Nova administração da ARLS Jacques Demolay 2778 está formada da seguinte forma:
Venerável Mestre: Paulo José Cavalheiro, 1o.Vigilante Ivo Stangalin, 2o. Vigilante Orly Correia de Santana, Orador Tiago dos Santos Rodrigues, Secretário Osmar Lino Peixoto, Tesoureiro Alessandro Salvazzini, Chanceler Edgar Antonio Vaitekaites Jr.
Venerável Mestre: Paulo José Cavalheiro, 1o.Vigilante Ivo Stangalin, 2o. Vigilante Orly Correia de Santana, Orador Tiago dos Santos Rodrigues, Secretário Osmar Lino Peixoto, Tesoureiro Alessandro Salvazzini, Chanceler Edgar Antonio Vaitekaites Jr.
Fotos:
Ir.: PAULO CARON - contato (11) 98264-0819 - email: adelarpaulocaron2009.@hotmail.com
Autoridades na Cerimônia de Posse da Loja Jacques Demolay - Maçonaria Cultural |
Apresentador de TV e autor do Livro Maçonaria no Cinema - Antonio Carlos Gomes |
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domingo, 4 de junho de 2017
MAÇONARIA: POSSE DA LOJA UNIVERSITÁRIA
NOITE DE INSTALAÇÃO E POSSE NA LOJA UNIVESITÁRIA EM BRAGANÇA PAULISTA.
A
Loja Maçônica Universitária de Bragança Paulista realizou na noite
desta sexta-feira Sessão de Posse do novo presidente Jair de Freitas
Diniz e de sua administração para os próximos 12 meses.
A reunião contou com a presença de autoridades do Grande Oriente do
Brasil e do Grande Oriente de São Paulo, das Lojas que compõem o Palácio
Maçônico da cidade, Amor da Pátria e Estrela de Bragança, da Loja
co-irmã Loja Jacques Demolay, Diversas Lojas de Bragança e de cidades
vizinhas, representadas por um número expressivo de maçons.
A comissão instaladora foi formada, por Egisto Rigoli presidente,
Antonio Ramalho de Oliveira 1o. Vigilante e Antonio Carlos Pereira Gomes
2o vigilante.
Mário Sérgio Nunes da Costa Grão Mestre de honra do Gosp prestigiou o evento desta sexta em Bragança Paulista.
quarta-feira, 28 de setembro de 2016
MAÇONARIA: Maçom autor do Hino dos Estados Unidos
MAÇONARIA: Maçom autor do Hino Nacional dos Estados Unidos
"The Star-Spangled Banner" é uma canção patriótica escrita por
Francis Scott Key, em 14 de setembro de 1814, e adotado como o hino nacional
oficial do Estados Unidos no dia 3 de março de 1831.
Francis Scott Key, foi um juiz e um poeta amador
estadunidense, mais conhecido pela autoria do atual hino dos Estados Unidos, The Star-Spangled Banner, escreveu o texto da hino durante a guerra de 1812 contra a Grã-Bretanha.
Francis Scott Key foi membro do "Concordia LOdge n.13” de Maryland
De forma errada, foi durante muito tempo acreditou que
Francis Scott Key escreveu o famoso hino enquanto ele foi mantido em cativeiro
pela frota britânica na costa do “Fort McHenry” perto de Baltimore. Mas ele não
era um prisioneiro de guerra. Durante a Guerra de 1812, Key, acompanhado do também
advogado John Stuart Skinner, jantaram a bordo do navio britânico HMS
Tonnant a convite dos oficiais Alexander Cochrane, George Cockburn e Robert
Ross. Skinner e Key também almejavam negociar a libertação de dois prisioneiros americanos, um
deles o Dr. William Beanes. Os três não estavam autorizados a retornar às suas corvetas,
pois tinham de se familiarizar com a frota da Royal Navy
(prestes a atacar Baltimore).
Sem outra alternativa, Key teria de assistir a
Batalha de Baltimore e a consequente derrota das tropas americanas no Fort McHenry.
Durante o conflito, Key avistou uma bandeira americana ainda tremulando em
meio à destruição das tropas americanas e sentiu-se inspirado a escrever um
poema.
Assim nasceria, no seu retorno à Baltimore, o hino dos Estados Unidos. A música foi o trabalho do Inglês compositor John
Stafford Smith (1750-1836), que escreveu essa melodoia para acompanhar um poema
de Ralph Tomlinson chamado de "Anacreon in Heaven", o hino da
"Society Anacreon", um clube Inglês.
Em 1832, Key serviu como advogado
de Sam Houston,
durante seu julgamento na Câmara dos Representantes, por agredir outro congressista. Francis Scott Key veio a
falecer no ano de 1843,
na casa de sua filha em Baltimore. A causa da morte teria sido pleurisia.
La Bannière Étoilée n.
900 ("The Star Spangled Banner n.
90") é o nome distintivo da respeitável “Loge GLNF - Grande Loge Nationale Française”
Consagrada em 10 de junho de 1994, no leste de Neuilly-sur-Seine, em comemoração do quinquagésimo aniversário do desembarque das forças aliadas nas praias da Normandia.
A vocação da Loja é ser uma ponte com a oficina americana, em particular com os maçons da Grande Loja do Distrito de Columbia (GLDC), Washington DC, co-peticionários para a sua consagração. Representantes de GLDC participam anualmente no mês de Dezembro da Sessão na La Bannière Étoilée n. 900 ("The Star Spangled Banner n. 90"), antes de participar da Assembléia Geral da GLNF - Grande Loge Nationale Française. Desde 1994, a delegação norte-americana tem sido liderada pelo Muito Grande Venerável em exercício.
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quinta-feira, 22 de setembro de 2016
MAÇONARIA: Invenção do Balão tripulado
MAÇONS INVENTARAM O BALÃO
Recentemente a pedido de uma Universidade para uma palestra aos seus alunos, voltei a ver um dos clássicos do cinema mundial, “A Volta ao Mundo em 80 Dias”.
Fabuloso filme com David Niven, Mário Moreno o Cantinflas, Shirley
Maclaine e Frank Sinatra. A história do desafio de viajar ao redor do
mundo em oitenta dias, ainda encanta. Para a palestra além da obra de
Júlio Verne, fui pesquisar sobre balões e encontrei informações
interessantes, “Os irmãos Montgolfler”.
Certo dia os irmãos brincavam com um saco de papel aberto invertido sobre o fogo, eles repararam que o saco flutuava. Em 1777 eles iniciaram a construção de modelos,[ que foram evoluindo até o ano de 1782, quando Joseph fez um experimento definitivo, quando residia na cidade de Avignon e enquanto contemplava uma fogueira, imaginou um assalto à fortaleza de Gibraltar (até então inexpugnável por terra e pelo mar), com tropas erguidas pela mesma força que erguia as brasas da fogueira. Todos aqueles experimentos e observações reforçaram a ideia de que eles poderiam finalmente realizar o grande sonho da humanidade, o de voar. Passaram então a fazer diversos experimentos com diversos materiais até construírem um balão prático.
No dia 5 de junho de 1783, eles fizeram a sua demonstração pública de um balão em Annonay na presença de um grupo de dignatários do États particuliers. O seu voo se estendeu por 2 km, durou cerca de 10 minutos e atingiu uma altitude estimada de 1.600 a 2.000 m.
Étienne construiu um balão ainda maior, com 1.060 m³ de capacidade de ar, feito de tafetá envernizado com alume (que tem propriedades antichamas). O balão era azul, decorado com flores douradas, signos do zodíaco e Sóis, símbolos maçônicos.
Maçonaria: Os maçons "Os Irmãos Montgolfier" inventores do balão tripulado |
Joseph-Michel Montgolfer (1740-1810) e Jacques-Étienne Montgolfer
(1745-1799) foram dois irmãos inventores franceses, que construíram o
primeiro balão tripulado do Mundo, em 5 de junho de 1783. Franceses,
filhos de um fabricante de papel, que até hoje é uma das companhias mais
tradicionais e modernas do mundo a fábrica Canson,) de Annonay, sul de
Lyon, França.
Certo dia os irmãos brincavam com um saco de papel aberto invertido sobre o fogo, eles repararam que o saco flutuava. Em 1777 eles iniciaram a construção de modelos,[ que foram evoluindo até o ano de 1782, quando Joseph fez um experimento definitivo, quando residia na cidade de Avignon e enquanto contemplava uma fogueira, imaginou um assalto à fortaleza de Gibraltar (até então inexpugnável por terra e pelo mar), com tropas erguidas pela mesma força que erguia as brasas da fogueira. Todos aqueles experimentos e observações reforçaram a ideia de que eles poderiam finalmente realizar o grande sonho da humanidade, o de voar. Passaram então a fazer diversos experimentos com diversos materiais até construírem um balão prático.
No dia 5 de junho de 1783, eles fizeram a sua demonstração pública de um balão em Annonay na presença de um grupo de dignatários do États particuliers. O seu voo se estendeu por 2 km, durou cerca de 10 minutos e atingiu uma altitude estimada de 1.600 a 2.000 m.
Étienne construiu um balão ainda maior, com 1.060 m³ de capacidade de ar, feito de tafetá envernizado com alume (que tem propriedades antichamas). O balão era azul, decorado com flores douradas, signos do zodíaco e Sóis, símbolos maçônicos.
Maçonaria: O balão era azul, decorado com flores douradas, signos do zodíaco e Sóis, símbolos maçônicos. |
Em 19 de setembro de 1783, em frente ao Palácio de Versalhes perante um público que incluiu o Rei Luis XVI e a Rainha Maria Antonieta, o Aérostat Réveillon
voou com os primeiros seres vivos a bordo: uma ovelha, um pato e um
galo (apesar de o Rei ter proposto enviar dois criminosos). Este voo
durou cerca de 8 minutos, se estendeu por 3 km chegando a cerca de 460 m
de altitude e pousando em segurança.
Depois da demonstração bem sucedida Étienne
iniciou a construção de outro balão, desta vez com 1.700 m³ de
capacidade de ar, com o objetivo de transportar seres humanos. Este novo
balão tinha cerca de 23 m de altura e 15 m de diâmetro, e era ricamente
decorado com temas e cores fornecidos por Réveillon, que incluíam o rosto de Luis XVI entrelaçado com o monograma real. Ao que se sabe, Étienne Montgolfier foi o primeiro ser humano a levantar voo do solo, fazendo no mínimo um voo seguro por cordas do pátio da oficina.
Maçonaria: Demonstração foi realizada em frente ao Palácio de Versalhes |
Em 21 de novembro de 1783, ocorreu o primeiro voo livre de seres humanos num balão, executado por Pilâtre
juntamente com o oficial do exército, marquês d'Arlandes. O voo partiu
das terras do castelo de la Muette lado Oeste de Paris. Eles voaram por
9 km a cerca de 910 m acima de Paris, depois de 25 minutos, o aparelho
pousou entre os moinhos de Butte-aux-Cailles, tendo o voo sido abreviado
por um princípio de incêndio no tecido que recobria o balão.
Esses primeiros voos foram muito comemorados, e vários trabalhos
de gravura, escultura e outros tipos de artesanato foram feitos
retratando os balões.
No início de 1784, um balão, então batizado em Flesselles, em homenagem à Jacques de Flesselles fez um pouso forçado com sua tripulação. Em junho de 1784, o balão batizado de La Gustave levou como passageira a aeronauta cantora, Élisabeth Thible.
Devido a esse feito, em dezembro de 1783, o pai deles, Pierre, foi elevado à nobreza com brasão próprio e o sobrenome de Montgolfier passou a ser hereditário, por decreto do Rei Luís XVI.
Ambos os irmãos eram membros da Maçonaria da Loja "Les Neuf Soeurs
", que souberam valorizar a personalidade excepcional dos homens que
compunham , e a influência que tiveram sobre a sociedade de seu tempo.
Maçonaria: Documento histórico da Loja "Les Neuf soeurs" |
autor do livro "Maçonaria no Cinema"
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quarta-feira, 17 de agosto de 2016
A INICIAÇÃO DE HOMER SIMPSONS
OS SIMPSONS NA MAÇONARIA
No episódio 12 da 6a. temporada, Homer Simpson,, percebe que seus
amigos Lenny e Carl estaão agindo de forma estranha, e os segue até
descobrir que eles fazem parte de uma antiga sociedade secreta,
denominada "Os Lapidários" (The Stonecutters).
Saiba outras referências da Maçonaria nos filmes do Cinema
“Maçonaria no Cinema” já disponível na versão digital e o livro físico disponível no dia 15.10.2016.
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No site UOL desta quarta-feria (17) traz uma matéria sobre "Stranger Things” no traço dos Simpsons.
O ilustrador belga Adrien “ADN'' Noterdaem é conhecido por seu ótimo blog Simpsonized,
em que ele adapta qualquer personalidade, celebridade ou personagem de
ficção ao traço dos Simpsons de Matt Groening. A nova viagem do artista
foi levar os personagens da fictícia Hawkins, a cidade do
seriado-sensação Stranger Things, para o universo visual de Springfield.
Ficou incrível, veja só:
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FRED FLINTSTONES NA MAÇONARIA?
FRED FLINTSTONES NA MAÇONARIA?
Todas as referências no livro Maçonaria no Cinema |
Tanto no cinema quanto na televisão, os desenhos animados estão repletos de mensagens e símbolos. Aqui é a prova disso, uma das séries mais queridas em todo o mundo. Seus personagens e sua música de abertura ficaram eternizados.
Fred e Barney frequentavam uma paródia da maçonaria, a Irmandade da
Ordem Leal dos Búfalos D’Água, uma associação a absolutamente machista
da cidade de Bedrock, em plena pré-história, “que tem um aperto de mão
que todos precisam conhecer”, como diz seu hino.
Entre outras referências nos desenhos
Livro Digital já disponível LEIA |
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sábado, 13 de agosto de 2016
A CABANA E O SUPER-HERÓI
A CABANA E O SUPER-HERÓI
Antonio Carlos Pereira Gomes
Olá meu
Pai, tudo bem?
Faz um
bom tempo que não nos falamos não é verdade?
Hoje
resolvi separar alguns minutos do meu dia para conversarmos.
Sabe
Pai, essa semana me peguei lembrando de você, de nós, da família, dos momentos
e cheguei à conclusões que precisa saber.
Fui um garoto privilegiado vivendo inúmeros
momentos ao seu lado. Empinamos pipa juntos, jogamos bola na rua, soltamos
bolhas de sabão pela casa, fizemos guerra de travesseiros, brincamos de fazer
cabana com os cobertores e embora o desespero da mamãe com a bagunça, aquilo
era o meu verdadeiro paraíso.
Foi
você quem me ensinou andar de bicicleta, aquele cai e levanta no jardim da
praça, me sentia protegido sabendo que você estava ali correndo ao meu lado,
pronto para me agarrar quando me desequilibrava. Aprenderia a perseverança até
conseguir pedalar sozinho com as mãos trêmulas no guidão da velha magrela. Mãos
na direção, gritava você quando eu disparava.
Sim tudo
aquilo era meu paraíso, minha vida, meu mundo particular. Me sentia o “Pequeno
Príncipe” de Antoinne Exupery, porém diferente. Não tinha uma flor para regar,
não possuía a rosa única. Eu era o protegido, o único SER a ser regado,
cuidado, mimado e me sentia soberano na felicidade concedida por Deus.
Pai você
sempre foi meu Super-herói. Forte,
corajoso, inteligente, protetor, benevolente, justo e perfeito. Nunca te vi
chorar, esmorecer, desistir. Era imbatível. Afinal os heróis não sucumbem. Levantam
das aparentes batalhas perdidas e salvam o mundo. São eternos.
Ainda
me lembro, na mesa do almoço, você postado na cabeceira. Era a imagem do meu
Super-herói sentado no trono do saber.
Contava as suas histórias, as escolhas da vida, a conduta de um bom
homem, os princípios a serem seguidos e os bons costumes. Parecia um Rei
Salomão, aconselhando, revelando os
segredos da vida e decifrando os caminhos certos nas escritas turvas do manual
de instrução do mundo.
Os meus
problemas eram muitos. Parar de brincar para tomar banho, comer verdura, ir à
missa de domingo, estudar para a prova, e tantos outros que já me esqueci.
Também
tinham as minhas falhas. Cara emburrada por não poder comprar uma bola igual a
do meu amigo, sujar a única camisa branca da escola brincando de pique-esconde,
esbravejar por ter que ir dormir no meio de um filme legal e de alguns
palavrõezinhos. Minha culpa minha
máxima culpa!
No meu
paraíso ganhava muitos presentes. Eles foram crescendo a medida que eu crescia.
O Triciclo, a bicicleta, o velho fusca da garagem e por ai vai.
Retribui
os presentes também meu pai. Não teve uma só vez que não te presenteei. Até
hoje não sei por qual razão te dava sempre uma caixa de lenços. Lenços
“Presidente”. Talvez porque fosse o chefão da casa, o líder, o meu Super herói.
Essa
visão foi mudando com o tempo, afinal eu fiquei adolescente.
Comecei
a achar que você ficou antiquado, suas ideias eram ultrapassadas, tudo que me
dizia só faria sentido no seu tempo e que eu deixaria de ser aprendiz e poderia
seguir firmes meus passos.
O mundo
era outro, eu estava esfuziante e como já não te olhava mais de baixo para
cima, era como se eu estivesse superando meu Super Herói.
Sim meu
Pai, eu me sentia forte, valente, onipotente.
Fiz o
mundo do meu jeito, da forma que eu queria e cantando como se fosse o Sinatra, I did My Way, e eu realmente fiz da minha
maneira.
Os seus
conselhos eu já tinha olvidado há tempos. Afinal eu era dono da verdade, brincando com o globo do
mundo imitando Chaplin em o Grande Ditador.
Mas
todo dia o sol é rei ao meio-dia e a lua rainha à meia-noite. Fui percebendo
que meu paraíso havia desmoronado em curto tempo.
Mas a
culpa é sua Pai, toda sua!
Por que
não me avisastes? Por que não revelou o segredo amargo e duro da vida.
Tiraste
as rodinhas da bicicleta e me soltou na ladeira do mundo. Cadê você meu Pai?.
O
caminho a seguir era você quem me mostrava. Eu tinha você em todo momento, se
brigavam comigo eram no afago dos teus braços que me acalmava. Hoje não é mais
minha mãe, coleguinhas, ou professoras que gritam comigo.
Gritam
comigo no trânsito, no estádio de futebol, na fila do mercado, no trabalho, o patrão,
o cliente, o manobrista, a esposa, até meus filhos. Tenho vontade de sair
correndo mas não posso.
Quantas
dúvidas, problemas, incertezas e você não falava mais nada. Estava só, tendo
que conduzir a vida, minha família, meu mundo despedaçado, tudo sem nenhuma
orientação da sua parte. Me abandonastes meu Pai?
Agora
eu estava sentado no topo da mesa, mirado pelos olhares deslumbrados dos filhos e da esposa à espera das minhas
histórias e dos meus conselhos. E agora? O que fazer? Não sou um Super-Herói
como você meu Pai. Sou uma fraude de mim mesmo.
Gostaria
que minha falha hoje, fosse sujar a camisa do terno com molho do macarrão e
sair correndo de castigo para o quarto. Mas eu cresci, casei, tenho filhos e
quando isso acontece, minha esposa contemporiza e diz para não se preocupar que
colocará para lavar.
Torcia
para que gritassem comigo, todos ao mesmo tempo de forma uníssona para que eu pudesse sair em disparada da mesa
e talvez encontrar os seus braços Pai.
Certo
dia fui pego de surpresa quando meu filho me fez a mesma pergunta que te fiz
quando era criança.
Pai,
como era no seu tempo?
Os
segundos de silêncio que se fizeram presente a espera da resposta ideal,
pareceram horas. Por onde começar?
Resolvi
ser mais prático e falamos de você meu Pai. Contei a eles nossas aventuras, nossos
momentos e ao contar tantas histórias vividas
senti que o fardo da cruz nas costas diminuía.
Falei
que a vida nos pregará algumas peças. Teremos que ter perseverança. Se cai e levanta
sempre, como andar de bicicleta e o importante é estar em movimento. Segura firme na direção. Sejamos donos dos
nossos sonhos.
Percebi
que já sabiam isso, pois ensinei aos meus filhos da mesma forma que me
ensinaste a andar na velha magrela, embora as bicicletas de hoje sejam bem mais
equipadas.
Meus
braços eram poucos para afagar tantos. A cada lição sobre a vida, me recordava
de você meu pai. Como salvar o mundo, como amenizar o sofrimento daqueles que
me são caros.
Das
nossas coisas vividas juntos e eu me pegava fazendo as mesmas. Cabanas de
cobertor, bolhas de sabão pelo apartamento e jogando bola na sala.
Sim
Pai, meu paraíso estava de volta. Queria
tanto que você pudesse brincar conosco e ver como seguro firme a direção do meu
mundo.
Sabe
Pai, hoje tudo é eletrônico, passam horas entretidos em jogos que pouco
compreendo, mas garanto que quando chegava do trabalho e pegava meus filhos, os
levantava para o alto, fazendo cocegas
nas barriguinhas deles, eram gargalhadas sem igual que me rejuvelhecia.
O tempo
passa mundo rápido. Você sempre falava isso, mas acredite agora no meu tempo
passa mais ligeiro.
Me olho
no espelho e estou bem mais parecido com você Pai. Também decifro o manual do
mundo sabia? Embora o tempo que se passou, os conselhos são os mesmos que me
passastes. Honestidade, Igualdade, bondade, liberdade, bons costumes e
fraternidade.
Sei que
a vida não é fácil, não foi para você Pai, não é para mim e não será para eles.
Sou o Super-herói deles e quanta responsabilidade.
As
vezes quero chorar e daria tudo para ter um daqueles dos seus lenços
“Presidente”. Ter filhos é uma forma que
o Grande Arquiteto nos dá de pedirmos desculpas aos pais.
Hoje
entendo tudo que me queria mostrar. Sim Pai, foi muito bom, tirar as rodinhas
da minha bike, descer a ladeira do mundo e por vezes te confesso tirei as mãos
do guidão e rapidamente segurei firme lembrando-me de você. E confesso que te
vi chorando várias vezes por debaixo das lentes grossas dos óculos de aro
preto.
Hoje entendo
o que é deixar o ultimo pedaço na espera que algum filho ainda queira comer e a
fome para nós Super-heróis sempre passará.
Aprendi
que começamos a envelhecer quando nossos sonhos diminuem. Percebi que os Pais
são como velas e suas chamas vão diminuindo, se apagando até não haver mais
fogo. Um dia todos perceberão que os cabelos ficaram ralos e os amigos ficaram
raros e a família ainda será o porto seguro de todos nós.
Bom
Pai, tenho bastante para te contar, porém está ficando tarde e um senhor na
minha idade não pode ficar nesse vento frio que aqui faz. Nossa falei igual à
você!
Vou
deixar essa rosa aqui hoje no vaso entre a sua foto e a da mamãe e qualquer dia
desses eu volto para falarmos mais ou quem sabe para ocupar meu lugar ao lado
de vocês.
Enquanto
isso não acontece eu me vou. Me aposentei e tenho três netinhos sabia? Tenho
compromisso. Agora sou o Pai do Super-herói deles e hoje é o dia que fazemos cabanas
com os cobertores, bolhas de sabão na sala e não perco por nada.
Com as
saudades de sempre, obrigado Pai, meu Super-herói.
A CABANA E O SÚPER HEROI
de Antonio Carlos Pereira Gomes
12.08.2016
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